JOAQUIM ÁLVARES DE OLIVEIRA
Joaquim Álvares de Oliveira nasceu pelo ano de 1820. Em fonte documental consta como ainda vivo em novembro de 1896. Foram seus genitores João Ribeiro de Oliveira e Maria José do Nascimento, ela da família Pereira Monteiro. Contraiu núpcias com a sua prima legítima Maria Francisca dos Passos (segunda do nome), filha do Major Joaquim Álvares de Faria (II) e de Maria Francisca dos Passos.
Integrou o oficialato da Guarda Nacional, sendo portador da patente de capitão. Proprietário rural, a tradicional Fazenda Rolinha era o epicentro das suas atividades e do seu comando patriarcal.
No ano de 1858, aos 02 de maio, juntamente com outras lideranças locais, Joaquim Álvares de Oliveira enviou um ofício ao Padre Francisco Rafael Fernandes, vigário da Vila do Príncipe, pugnado a criação de uma freguesia com sede em Serra Negra – o que veio a ocorrer em 01 de setembro do mesmo ano.
Como prova da sua liderança, em sua terra, exerceu o cargo de Juiz de Paz do Distrito.
No conturbado contexto decorrente de 15 de novembro de 1889, dirigiu o comando administrativo de sua terra. Desta feita, foi Presidente da Intendência Municipal de Serra Negra (1890) – à época, essa função correspondia ao atual cargo de prefeito, uma vez que ao Presidente da Intendência cabia a condução administrativa do município. Integravam, ainda, aquele triunvirato: João Soares de Macêdo Sobrinho e Joaquim Aristeo de Faria.
Na condição de presidente da Intendência Municipal, Joaquim Álvares de Oliveira foi nomeado presidente de uma comissão trina, encarregada de conduzir a conclusão dos trabalhos do prédio destinado a sediar a dita Intendência. Além da sua pessoa, compunham a comissão: o então juiz de paz, Leandro Clementino de Faria e Manoel Pereira Mariz (conhecido por Manoelzinho da Solidão). Esse referido prédio outro não é, senão onde atualmente funciona a Biblioteca Municipal Ramiro Monteiro Dantas.
Às vezes, sobretudo em sites de genealogia, o seu nome é confundido como o nome de seu sogro – o acima referido Joaquim Álvares de Faria.
Gerou os seguintes filhos: 1. Paulina Umbelina dos Passos (casada com o Coronel Clementino Monteiro de Faria); 2. Generosa Francisca dos Passos (esposa de Ananias Monteiro Mariz); 3. Joaquim Álvares de Oliveira Filho (cuja esposa foi Francisca Balbina Lins); 4. Maria Senhorinha dos Anjos (casada com Manoel Antônio de Faria); 5. Capitão Aristides Delmiro de Oliveira (casada em primeiras núpcias com Maria Cândida de Brito e em segunda núpcias Benigna Clara dos Passos Monteiro); 6. Manoel Paulino de Oliveira (marido de Izabel Maria Lins).
A aptidão para liderar e o zelo pela coisa pública, o velho Quincas da Rolinha os transmitiu a vários descendentes seus, dentre os quais o seu neto Juvenal Lamartine de Faria, e a sua trineta Wilma Maria de Faria, tendo ambos chegado ao cargo de govenador do Estado Rio Grande do Norte.
Honras à memória daquele pouco lembrado patriarca, em favor do qual rezamos para que Deus o tenha em Sua Glória.
Escrito por: Gregório Celso Macêdo
Leonardo Monteiro Bezerra
(Ambos seus descendentes)
Fontes consultadas:
MONTEIRO, Vergniaud Lamartine. (em colaboração com H. Praxedes Gurgel) Monografia de Serra Negra do Norte. Serra Negra do Norte: ed. do autor, 1953.
Biblioteca Nacional. Hermoteca Digital Brasileira. A República: órgão do Partido Republicano (RN). Ed. 36. Ano: 1890.
Acesso em: 23 de agosto de 2023.
Biblioteca Nacional. Hermoteca Digital Brasileira. A República: órgão do Partido Republicano (RN). Ed. 83. Ano: 1890.
Acesso em: 23 de agosto de 2023.
Biblioteca Nacional. Hermoteca Digital Brasileira. O Povo (RN). Ed. 20. Ano: 1890
https://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=767611&pasta=ano%20189&pesq=%22joaquim%20lopes%20de%20maria%22&pagfis=239
Acesso em: 31 de agosto de 2023
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