LUIZ G. M. BEZERRA (1923/)
Nasceu em Acari-RN, a 21 06 1923, filho de Silvino Bezerra Neto e d. Maria Meira e Sá Bezerra. Fez o curso primário e parte do ginásio no Colégio Santo Antônio (1930-38), complementando-o no Colégio Estadual do Atheneu Norte-rio-grandense. Desde cedo integrou-se às atividades esportivas da cidade, como atleta, fundador, dirigente e colaborador de clubes, associações e federações. Praticou ginástica (barras, argolas e halteres), futebol, natação, remo, pesca e tênis de mesa. Embora torcedor do América Futebol Clube, colaborou com o Alecrim - instituição do meu bairro, diz ele — e com o Santa Cruz (hoje extinto) e foi associado do Sport Club de Natal e do Clube Náutico Potengi, agremiações de remo (pela diminuta quantidade de barcos que possuíam, justifica o próprio). E complementa: Também pratiquei o futebol na primeira Liga Suburbana de Natal, em 1939, dirigida por Joaquim Victor de Hollanda, Djalma Maranhão e outros, e, com o intuito de contribuir ainda mais para o desenvolvimento dos esportes, passei a escrever em todos os jornais da cidade e de outros pontos do país (O Seridoense, p. 28). Profissionalmente, trabalhou na empresa Armando Campello & Gentil Ltda., construtora de dezenas de prédios da Base Aérea de Parnamirim e da Base de Hidroaviões, no período da II Guerra Mundial; foi funcionário e gerente da Serraria Arcantil Ltda. (1939-46); comerciante autônomo no ramo de material de construção (1946-70); vice-Presidente da Associação Comercial do Rio Grande do Norte e Presidente da Comissão de Importação e Exportação (1962-95); Presidente, depois Diretor Administrativo e Financeiro e, por fim, superintendente da área de operações de Mossoró da então TELERN-Telecomunicações do Rio Grande do Norte (1970-85); sócio (1950) e reorganizador (1993) da Previdente Natalense e sócio efetivo e benemérito do SINTEL/RN-Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Radiotelefônicas do Rio Grande do Norte (1993). Na área cultural, foi presidente de honra e fundador, juntamente com Câmara Cascudo, Rômulo Wanderley, Luiz Rabelo, Francisco Menezes e Aluízio Menezes, entre outros, do Clube de Trovadores do Rio Grande do Norte, hoje Academia Potiguar de Trovas (1965); membro fundador da Sociedade Filatélica Potiguar (1966); estagiário da ADESG-Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (1970); membro e tesoureiro da Liga de Ensino do Rio Grande do Norte, entidade mantenedora da Escola Doméstica de Natal (até o ano 2000); fundador do primeiro coral da TELERN (1981); membro efetivo e 2º secretário do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (1982-2000); membro fundador, em Natal, do Centro Acariense (1984); instituidor da Fundação Cultural Padre João Maria, entidade fundada em 1987 com o objetivo de criar e implementar o jornal “A Verdade”; fundador e sócio benemérito da Associação Cultural Maestro Felinto Lúcio Dantas (1988); fundador, com o jornalista Arlindo de Melo Freire e outros, da Associação de Pesquisadores do Nordeste (1993) e membro do Conselho de Vaqueanos (1993), Segundo Capataz e Patrão de Honra (1994) do Centro Potiguar de Tradições Gaúchas. Sua participação na área esportiva, no entanto, se revela ainda mais intensa: foi membro fundador do Pâmpano Esporte Clube (1954), primeira entidade de pesca amadora criada no Nordeste; fundador da FNCS-Federação Norte-rio-grandense de Caça Submarina (1954); membro das Comissões de Construção dos Estádios Santos Reis (1954) e Humberto de Alencar Castelo Branco (1970), hoje João Cláudio de Vasconcelos Machado (“Machadão”); fundador e primeiro presidente da FNPAFederação Norte-rio-grandense de Pesca Amadora (1961), segundo órgão especializado criado no Brasil; membro do primeiro Conselho Deliberativo da FENAT-Fundação de Esportes de Natal (1966); fundador da FNTA-Federação Norte-rio-grandense de Tiro ao Alvo (1969); vice-presidente dos interesses esportivos amadores do América Futebol Clube (1969-70); membro do CRD-Conselho Regional de Desportos por mais de vinte anos e seu presidente (1981); sócio contribuinte, benemérito, remido e patrimonial de quase todos os clubes de Natal, entre os anos de 1984 e 1990 e, enfim, Diretor do Departamento Autônomo de Atletismo da FND-Federação Norte-rio-grandense de Desportos durante a gestão de João Machado, que durou treze anos. Depositário de rico acervo de informações sobre pessoas, fatos e feitos potiguares, faculta-lhe o acesso a quem lhe recorra, bem como é capaz de pô-lo à disposição, espontaneamente, sabedor de circunstanciais estudos do gênero. A partir desse arquivo produziu e publicou mais de seiscentos perfis de desportistas do século vinte no mencionado jornal “A Verdade”, a1ém de, em outros periódicos, inúmeras matérias sobre cinema, teatro, livros e autores, viagens, entidades assistenciais e religiosas e diversos outros temas. Por sugestão sua a Prefeitura do Natal adotou mais de duzentas personalidades como patronos de ruas da cidade, da forma que, em largo gesto de desprendimento e espírito público, doou mais de 4.000 livros para as bibliotecas municipais de Acari e Macaíba e para o Museu do Médico do Rio Grande do Norte. Agraciado com os títulos de Cidadão Natalense e de Carnaúba dos Dantas (1970 e 1987, respectivamente), é portador de mais de 100 diplomas, comendas, certificados, placas e medalhas de várias instituições do país e é membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e da ACERN-Associação dos Cronistas Esportivos do Rio Grande do Norte. Casou-se com d. Zilda Alves Meira Bezerras, com a qual teve cinco filhos: Manoel, Elizabeth, Carlos Alberto, Ana Eleonora e Cynthia, e continua com a mesma energia e disposição na tarefa que se propôs como memorialista.
FONTE CONSULTADA. Historiador Anderson Tavares de Lyra
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