Dr. MANOEL DANTAS GOMES DE MEDEIROS
Manoel Dantas, nascido em Caicó, sertão do Seridó Potiguar em 26 de abril de 1867, era filho de Manoel Maria do Nascimento Silva e Maria Miquelina Francisca de Medeiros. Foi uma das expressões intelectuais mais proeminentes do período da “belle époque”, no Rio Grande do Norte, fase esta que coincide com a administração do macaibense Alberto Maranhão (1900-1904). Manoel Dantas pensou para Natal um futuro risonho e belo. Suas projeções visionárias foram publicadas no seu livro: Natal daqui a cinqüenta anos. Segundo Manoel Dantas: “Natal deverá possuir uma estação monumental na Praça Augusto Severo, que será cortada pela Estrada de Ferro Transcontinental, com seus trens partindo de Londres, passando pelo canal da Mancha, percorrendo a Europa, o norte da Ásia, atravessando o estreito de Behering, cortando a América do Norte, galgando em cima dos Andes, descendo pelos campos de Mato Grosso e Goiás, seguindo o vale do São Francisco, pairando sobre a cachoeira de Paulo Afonso e terminando essa estrada em Natal. O ponto de atração dessa gente cosmopolita seriam os morros e as dunas alvas”. Intelectual proeminente produziu diversos trabalhos sobre o Rio Grande do Norte: Denominação dos municípios (1922); Thomaz de Araújo (1924) e Homens de Outrora. Foi jornalista renomado, tendo atuado desde o império, com o jornal O Povo em 1889 e depois com A República de 1897 a 1924; o Diário do Natal em 1893 e O Estado em 1895. Formado em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do Recife no ano de 1890, Manoel Dantas foi promotor público de Jardim do Seridó e Acari. Nomeado em seguida Juiz substituto seccional do RN. Instaurou a Justiça Federal no RN. Em 1897 foi nomeado Diretor Geral da Instrunção Pública, cargo no qual permaneceu até 1905. Professor de Geografia do Atheneu e procurador geral do Estado. No segundo governo de Alberto Maranhão, Manoel Dantas volta a dirigir a Instrução Pública até o seu falecimento em 15 de junho de 1925.Político militante, ainda foi eleito Intendente de Natal e deputado estadual constituinte de 1915. Manoel Dantas possuía uma máquina fotográfica com a qual eternizou a Natal de seu tempo. São películas valiosíssimas que revelam a Natal bucólica de antigamente. Manoel Dantas certamente merece uma biografia que revele o grande pensador e ideólogo que foi. Merece, por todos títulos, ser divulgado para essa nova geração de pesquisadores de nossa história.
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