BEATRIZ DOS SANTOS ARAÚJO (1918 - 1974)
Francisco Aquilino, por e-mail: “Meu estimado amigo, a fim de homenagear minha saudosa mãe Beatriz, a minha irmã Terezinha Eunice (esposa de Moacir de Seu Herculano) me enviou este notável texto que ora solicito vossa benemérita atenção. Na foto, da esquerda para direita: Conceição, Beatriz (mamãe), Terezinha, Maria das Graças, Maria Da Guia e Expedito.” No corpo do e-mail, além da fotografia postada hoje, o seguinte e emocionante texto: Beatriz dos Santos Araújo nasceu aos 24 de junho de 1918, filha de João Batista dos Santos e Francisca Maria dos Santos. Faleceu no dia 5 de dezembro de 1974. Teve mais três irmãos: Hosa Bezerra dos Santos, Maria Angélica e Maria Augusta. Com quatro anos de idade perdeu o pai em um acidente e aos quatorze anos perdeu sua mãe. Foi morar com seu tio, Guilherme casado com Raimunda, pessoas pelo qual tínhamos grande apreço. Estes foram padrinhos do nosso irmão mais velho, o Dedé, e por isso passamos a chamá-los de padrinho e madrinha. Aos dezoito anos casou-se com nosso pai José e dessa união nasceram dezoito filhos e criaram-se onze. Era uma mulher íntegra, de caráter e de muita sabedoria de vida. Religiosa, era devota de Sta. Terezinha e Nossa Senhora das Graças. Muito trabalhadora, ajudava meu pai no orçamento familiar fazendo cocadas, bolacha de leite, puxa-puxa, plantava horta de coentro e botava a molecada para vender e ainda costurava para a família. Com seu jeito simples e humilde, cativava as pessoas. Entre suas amigas lembradas no momento estava Quequé, Maricotinha de Raimundo, Cota de Hermes e Tia Juvita, irmã por adoção. Estudou até a 4ª série do primário. Sempre insistia para que estudássemos e quando passávamos por alguma dificuldade ela logo falava: “Calma quando acaba o de Nosso Senhor chega o de Nossa Senhora”, e geralmente acontecia. Como toda mãe nordestina, sofria muito ao ver seus filhos crescerem e um a um irem embora na busca por dias melhores. Como rezava por esses filhos entregando nas mãos de Maria a Mãe de Jesus pedindo proteção para todos! De tudo o que mais me recordo é a festa de agosto, da preocupação dela em comprar uma roupa para cada um, das galinhas que ela tratava no chiqueiro, daquela comidinha saborosa e da espera da madrinha Raimunda na semana da festa, quando chegava com todos aqueles quitutes, e a molecada correndo indo ao encontro dela. Era uma grande festa! Por tudo isso, eu garanto a vocês, se somos o que somos hoje, devemos a ela nossa mãe BEATRIZ e ao nosso pai JOSÉ. Depois, como uma espécie de recado bem íntimo, Tetê ainda pôs para o irmão distante: Francisco era isso o que eu tinha para falar, espero que você se lembre de mais alguma coisa porque nossa mãe era 10! Obrigada por esta lembrança! Boa sorte para você e abraços para todos!
Tetê.
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