BASÍLIO FERREIRA DA SILVA (1867 - 1950)
Filho de Vicente Basílio da Silva e de Josefa Ferreira da Silva. Irmão de Vicente Ferreira da Silva Júnior. Esposo de Isabel Maria da Conceição. Era o pai de Lino Ferreira (1900/1959); Francisco Ferreira; Gentil Ferreira da Silva (1912/1989); Inês Segunda Marçal, a Inês da Ilha lá de Cruzeta; Ana Ferreira que era casada com um descendente do Padre Thomaz Pereira de Araújo (1809 – 1893) e outros. Foi o proprietário da fazenda Garrotes que pertenceu a Félix Araújo no Século XIX. A referida gleba fora adquirida por vinte contos de reis do neto de Félix, Sóter Pereira. O casario era de duas águas, telhado alto, alpendre grande alcançando toda a frente. Tinha como anexo um compartimento denominado de ‘casa de farinha’. Da casa temos paredes largas com tijolos de 71cm., portas espaçosas, janelas grandes. Inclusive, numa das janelas contém soleira de madeira o qual abrigava um buraco com o fim de esconder armas, documentos, valores etc. A fazenda ‘Garrotes’ destinou grande abundância e riqueza a BASÍLIO FERREIRA. Nela se criava Polled angus. Raça bovina de origem inglesa, desenvolvida no condado de Angus. Caracteriza-se por grande massa muscular nos quartos posteriores, e carne marmorizada, ou seja, entremeada de feixes, gordurosos que lhe dão apreciável sabor e maciez quando assada. Polled quer dizer mocho. Ademais, quando o nível das águas do açude baixava surgia as vazantes, dando produção larga de frutas, verduras e tubérculos. A colheita abarrotava os armazéns, o alpendre e parte da própria sala. Detalhe curioso do lugar era a existência de um relógio solar, único na região, de madeira e que projetava a sombra. Com quadrante em seis espaços ao cair do meio dia se marcava 12 horas. Além da ‘Garrotes’, BASÍLIO FERREIRA possuiu terras nas mediações da Fazenda Remédios, atual município de Cruzeta. Faleceu em 1950 e está sepultado no cemitério público da cidade de Acari, Rio Grande do Norte. Em que pese ter casado três vezes, somando prole em matriarcas diferentes, quiçá a desunião dos herdeiros que venderam 'precipitadamente' seus respectivos quinhões para o próprio ‘tesoureiro’ do genitor, com exceção de Francisco que já estava no oco do mundo desde os 17 anos. Lembrando que um conto de réis foi uma expressão adotada no Brasil e em Portugal para indicar um milhão de réis (Rs 1:000$000). "Conto" deriva do latim computus, a conta dez vezes cem mil. Um conto de réis correspondia a mil vezes a importância de um mil-réis (Rs 1$000), sendo assim o real 1/1.000.000 de um conto de réis em representação matemática decimal atual. Um conto de réis era uma quantia de grande valor intrínseco: em 1833, 2$500 era representado por uma oitava (equivalente a aproximadamente 3,59 gramas de ouro de vinte e dois quilates, sendo que um conto de réis corresponderia a 1,4 quilogramas do mesmo material. Para melhor entender, em 1920 um conto de réis equivalia a 56 mil reais na data atual, conforme conversão monetária.
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