SEBASTIÃO PEREIRA DA SILVA (1889/1964)

 

Filho do casal Antônio Pereira da Silva e Francisca Maria da Conceição. Era o filho mais novo dos dez legítimos. Por vezes, exaltam-se méritos de pessoas além dos seus reais merecimentos; por vezes, ocorre o oposto, esquecem-se de tantas figuras tão dignas de honra. Alguns jactam-se dos seus próprios atributos, até mesmo com desprezo à verdade; outros mantêm-se no natural recato, pois entendem suas ações como sendo parte de uma missão conjunta. Sebastião Pereira da Silva nascido em Acari, no Sítio Saco dos Pereiras a 19 de janeiro de 1989, filho do casal Antônio Pereira da Silva e Francisca Maria da Conceição era o filho mais novo dos dez legítimos.  Pertenceu ao grupo dos que não anseiam por aplausos, mas se comprazem pela paz interior do dever cumpridos; dos que se afastam da soberba, mas se apegam ao decoro e à discrição; dos que prescindem da falsa modéstia, pois sabem ser simples, sóbrios e decentes. Sebastião da Viúva como era conhecido pelo fato de sua mãe ter enviuvado um ano após o seu nascimento, também muito conhecido como Sebastião Sancho pelo fato de  ter ido residir com seu padrinho, o fazendeiro José Sancho Pereira de Araújo em 1901 aos 12 anos de idade, sendo solicitado pelo mesmo a Dona Chiquinha para acabar de criá-lo.  Sebastião da Viúva deixou um legado de grandes feitos por onde viveu com ênfase no âmbito pecuário. Aprendeu a escrever com um ex-combatente da Guerra do Paraguai. O seu legado reverteu-se também da grandeza humana que lhe era própria, da lhaneza no trato, da vontade constante de ser útil e de fazer o bem, dos exemplos dignificantes de sua convivência, num mundo assim rural, de natureza sofrida, de intermináveis lutas pela sobrevivência, mas de muito amor e honradez e que marcou para sempre a vida desse sertanejo.  Guardando uma fidelidade variável às suas origens  a sua terra natal e a sua gente amada, única razão de sua luta e devoção, durante muitos anos foi vaqueiro da Fazenda de José Sancho, vivendo sempre em comitiva de gado dentro do Estado, tornou-se o pioneiro nessa atividade. Foi contemporâneo de Antônio Medeiros, sendo companheiro de viagem a Ceará-Mirim em 1942, sua última viagem. Fez de sua vida um culto incessante e fiel a vida no campo. Após a morte de seu padrinho em 1920, Sebastião Pereira voltou a morar no sito onde nasceu dedicando-se a ensinar a arte de ser vaqueiro, também era curandeiro de bicheira, o único legado que ele não ensinou, pois acreditava que perderia os poderes de cura. Ao longo de sua vida nele vibrou o dizer inquietante: Viveu as dificuldades de sua época e as impossibilidades que a vida lhe impôs.


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