JOEL ABDIAS PEREIRA DE ARAÚJO (1868-)
Filho do Cel. João Damasceno Pereira de Araújo (1827-1908) e de Thereza Alexandrina de Jesus (1829-). Esposo de Rachel Elvira de Araújo (1863-). Genitor de José Abdias de Araújo (1890-); Francisca Elvira de Araújo (1891-); Manoel Abdias de Araújo (1899-1980); Josias Abdias de Araújo (1903-1978); Theresa Elvira de Araújo (1908-).
Neto de Antonio Pereira de Araújo, e de Maria José de Medeiros. Bisneto de João Damasceno Pereira ( terceiro filho do primeiro Tomaz de Araújo Pereira) e Maria José de Medeiros que filha de Tomaz de Araújo Pereira, o terceiro, para não confurdimos.
Lembrando que o seu pai casou-se aos quinze anos de idade, tendo sua esposa na época, apenas treze anos. O casamento foi realizado por sugestão do avô de ambos, o velho Tomaz de Araújo Pereira, o terceiro no nome que foi Presidente da Província do Rio Grande, que já se achando cego, entendeu que deveria casar a neta Tereza, sob sua custódia e guarda.
O pai de João Abdias morou inicialmente na fazenda Bulhões, no Acari, localizado na bacia do Gargalheiras. Dirigiu a política acariense até 1868, quando a transferiu para o seu sobrinho e afilhado, Coronel Silvino Bezerra de Araújo Galvão, que a exerceu durante toda a sua vida. Segundo Juvenal Lamartine, o coronel Damasceno foi um belo tipo de sertanejo: - alto, forte e notável cavaleiro, era muito respeitado, em todo o Seridó, por suas qualidades de caráter e por sua energia. Criava cerca de duas mil reses nas suas fazendas e era importante chefe político da terra com muita influência nas adjacências. – Pela temporada do inverno, para amansar novilhas e seus bezerros, recolhia no curral, aproximadamente, 120 vacas paridas.
Do grande prestígio que gozava, e o respeito que soube manter junto ao povo durante sua longa vida, o consagrou como um dos legítimos patriarcas seridoenses. A circunstância de ser neto de Tomaz de Araújo Pereira, acima mencionador, bem como irmão do Padre Tomaz Pereira de Araújo, deputado provincial, e vigário de Acari, durante mais de sessenta anos, alcançado larga influência e respeito.
O historiador Anderson Tavares traz a tona trechos de textos engavetados a qual alude que em 1901, acompanhando numa excursão Dr. Pedro Velho a Caicó; ao se aproximarem daquela cidade, surgiu em frente a uma encruzilhada da estrada, o coronel Damasceno, acompanhado de um pagem e disse: “Fui cangaceiro e ainda sei botar tocaia”!...- Eram os comprimentos de um amigo... De volta de outros pontos percorridos, estiveram no Saco do Martins, em casa do coronel Damasceno, onde passaram o dia e foram fidalgamente tratados. Tinha mais de setenta anos quando por esta ocasião. Duas ruas no centro de Jucurutu levam seu nome.
Consulta: Pesquisas de Anderson Tavares de Lyra
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